segunda-feira, 16 de novembro de 2009

O Último Momento


Era uma tarde de domingo típica dos dias de outono, o sol já estava se pondo e podia-se sentir o sopro de uma suave brisa a mover-se por toda praia. Eu caminhava pela areia, sem rumo ou qualquer desígnio de chegar a algum destino, apenas caminhava. Pensava nas coisas da vida, da minha vida principalmente, refletia sobre tudo o que já fiz, os momentos que já vivi, as conquistas que obtive, as dificuldades que superei, os sonhos que sonhei...
Examinava tudo minuciosamente, mas minha tentativa de análise foi interrompida e minha atenção foi desviada para uma cena em particular que me despertou e me deteve ali.
Fui levada a observar uma criança que brincava na areia com um senhor que aparentava ter idade bem avançada, a criança tinha em mãos uma bola, seu rosto transmitia uma grande satisfação e contentamento, parecia estar tão concentrada naquilo que fazia que nada a sua volta desviava-lhe a atenção, brincava como se aquela fosse a última vez, o último dia, minuto ou segundo que lhe restara de vida.
Prendi-me naquela cena por alguns instantes; a atitude daquela criança, seu entusiasmo que parecia arrebatar-lhe a emoção, me levaram a refletir novamente sobre a minha vida e fazendo com que surgisse dentro de mim uma indagação: será que em todos os momentos que já vivi, em cada instante, em cada oportunidade que já tive, eu soube aproveitar cada segundo como se fosse o último, como se fosse vivido pela última vez com grande entusiasmo e satisfação, certa de que aquele momento nunca poderá ser vivido novamente...?
Minha reflexão foi interrompida, dessa vez pelo murmúrio suave das ondas, que me despertou a ver que já havia se passado algumas horas, a praia estava ficando deserta e já havia anoitecido. Caminhei em direção a minha casa, dessa vez com a certeza e convicção do rumo e destino que tomaria, levando comigo uma lição que jamais será esquecida: viver cada instante de vida que me resta como se fosse o último.


Autora: Hellen da S. Marques
Colégio Estadual Sargento Antônio Ernesto
Turma: 3003

Por que isso acontece?


Num certo dia pela manhã, um moço passava próximo de uma lagoa, quando começou a ouvir um gemido como se fosse de um gato. Mas ao observar, ele viu que este som vinha de dentro de uma sacola que boiava na água e que aparentemente parecia ser de lixo. Porém, ele achou meio estranho, pois o saco plástico se mexia. Ao avistar um pedaço de pau, ele resolveu puxar a sacola e quando já dava para pegar com as mãos ele sentiu que não era um gato. Ao rasgar a bolsa ele teve um grande impacto, pois era um bebê recém-nascido que estava ali.

Este caso é difícil de acreditar, mas aconteceu e foi divulgado nos telejornais. O homem que vivenciou este triste momento ficou afligido em se deparar com uma situação como esta, tão cruel da parte de quem fez.

Graças a Deus a criança foi socorrida a tempo e ficou bem. No entanto, a desumana que fez isso não sei que fim levou.

Casos como este tem acontecido demasiadamente. Muitas destas mulheres que tem a capacidade de gerar um bebê, jogam ele fora como se fosse um objeto velho que não tem nenhum valor. Uma coisa posso garantir: que não são mães, são apenas pessoas capazes de reproduzir. Por mais que muitas delas tentem justificar dizendo que não tinham condições de criar, este ato não justifica esta crueldade, porque há tantos meios de conseguir ajuda, basta apenas querer e correr atrás.

O que realmente falta é o amor nos corações.

Comento este assunto, pois fui criada com carinho e afeto e uma coisa é certa: que o amor não é apenas ensinado, ele é demonstrado. Uma mãe aprende a amar quando uma atitude a faz pensar e analisar um choro do bebê que depende dela, para que possa “sobreviver”.

Espero que o verdadeiro amor nasça no coração dessas mulheres e que realmente sejam reconhecidas como mães.

Graciane Elida da Silva / turma: 3004


Apenas grandes amigos


São estranhos os términos de namoros de hoje em dia.

Todo namoro começa com um padrão único: ambos se olham, descobrem que por uma fração de segundo, são tudo o que o outro desejou, trocam telefone, prometem ligar, prometem o mundo.

Todos os dias giram em torno de ambos. O universo de é extremamente incompleto se não houver a presença do outro.

O segundo passo é a concretização de tal romance: fala-se com os pais (geralmente com os dela) que se quer namorar “sério” como se existisse algum conceito de namoro em casa por pura brincadeira. A mãe já sabe de tudo, o pai o olha com um olhar reprovativo, retorna esse olhar à esposa e lembra-se que um dia ele esteve na mesma posição desconfortável levando o mesmo olhar reprovativo; a resposta é negativamente um sim: “Sim, você pode namorar minha filha às quartas-feiras, sextas, sábados e domingos de sete às dez da noite”.

A felicidade paira sobre a vida de ambos que sentem-se seguindo pela chuva cantando e dançando como Gene Kelly em seu grande clássico.

O mundo tem uma nova cor: todas as minas têm o nome dela – um dia erma as rosas quem tinham; todos príncipes encantados das histórias infantis têm o nome dele – antes tinham os grandes príncipes das histórias que mamãe as contava.

Há de se convir, porém a felicidade que se é tê-lo e tê-la à distância como nas novelas: o casal se conhece e se apaixona no começo, separam-se ainda no começo e ficam juntos no fim. Tem que se pensar em quão estranho seriam se tivessem que se aturar em todos os capítulos de uma mesma trama. A velocidade com a qual enjoariam um do outro seria assustadora.

Ela conta a todas as amigas que encontrou o homem de sua vida. Ele conta aos amigos que achou a mãe de seus filhos.

Isso aconteceu há uma semana atrás.

É chegada à hora de se conhecerem melhor. Já se tem um mês juntos: ela foi à casa dele, e hoje é dia de jantar na casa dela.

Por alguma estranha razão, ele já chega a casa dela como se fosse da família. Já não pede licença, apenas entra, dá dois tapinhas nas costas do sogro (agora sogrão) e já vai direto para a mesa. A comida é deliciosa, e todo o jantar tem um ritmo maravilhoso, até que ele arrota na mesa, no meio de todos. O pai dela já nem se incomoda, o tem como a um filho, discutem futebol e nem parece mais namorados e sim que são casados: ela já até aprendeu que em dia de futebol ela deve pegar as cervejas na geladeira.

A partir do dia seguinte ele já não é mais o príncipe montado no cavalo: “Talvez se eu tivesse escolhido o cavalo ele seria mais carinhoso e educado que ele...”, é o novo comentário que se faz com as amigas mais íntimas. É claro que a recíproca é verdadeira: “De repente ela ficou meio chata, fria, estranha”... Já nem sei se a quero mais!

E isso só se passou em pouco mais de um mês.

O novo encontro com os amigos traz uma frase muito bonita quando se pergunta pela mulher de sua vida. Frase essa seguida por um sorriso, irônico, seguido da resposta: “Somos apenas grandes amigos”.

Triste fim da mortadela





















Como de costume, sempre por volta das 16h começa meu ritual de preparar o lanche que consiste em aquecer o leite, por queijo e mortadela no pão e aquecê-lo também. Quando abri a geladeira, uma grande surpresa, não encontrei a mortadela (parte vital do sanduíche), então resolvi ir ao mercado, uma jornada árdua, perigosa e exaustiva de cinco minutos.


Chegando em casa abri o saco (essa altura a comeria até no saco, mas me contive), quando peguei a mortadela, ela estava verde, praticamente em decomposição, e a data de compra de dois dias atrás (obviamente um belo golpe), louco da vida e faminto, voltei ao mercado. Chegando lá avistei o gerente e educadamente expliquei minha situação.

-Boa tarde, é que acabei de comprar essa mortadela, mas ela esta verde.

Até então eu estava de ótimo humor, então veio à resposta.

-Bom eu não posso fazer nada, meu filho.

Disse ele ironicamente e continuou.

-Olhe a data, impossível você ter acabado de comprar. Então não vou trocar.

Minha resposta foi imediata

-Como não pode trocar?

Acidentalmente meu tom de voz subiu e ele disse:

-Só porque você é abusado não vou trocar a mortadela.

Triste abaixei a cabeça e caminhei para saída, então olhei para trás e ele estava rindo de mim, deveria estar pensando que foi muito fácil me enganar. Mas naquele dia ele aprendeu uma grande lição: que na nada vida é fácil.
Eu voltei e fiz um escândalo tão grande, que todos no mercado pararam para me ouvir, falei o que podia e também o que não podia e para fechar com chave de ouro, joguei a mortadela falecida na cara dele e fui para casa.

Bom, de uma coisa eu tenho certeza, aquele gerente nunca mais tentará enganar mais ninguém, muito menos subestimar um jovem como fome.

Aluno: Edison Helio Machado JúniorColégio Estadual Sargento Antônio Ernesto
Turma: 3003

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

A discórdia


Depois de 18 anos de casamento, conturbado e cheio de brigas - coisa que eu não acho normal em um casal, pois se duas pessoas decidem casar é pra se amar e não viver em pé de guerra - o casal se separou, ele saiu de casa deixando a mulher e seus três filhos. Mas ele não deixou de ajudar seus filhos, é claro! Afinal seus filhos são a coisa que ele mais ama, porém, não queria saber da mulher e ela, se vocês não sabem, é super orgulhosa e ignorante que só ela.
Continuando... ele arrumou outra mulher e casou (é isso mesmo!) só pra botar ciúmes nela, e conseguiu. Furiosa ela partiu pra cima dele, coisa que é feia pra uma mulher e mãe de família.
Com os pais separados, os filhos perderam o rumo; o menino de 16, entrou para o mundo das drogas, a menina de 15, engravidou de um marginal qualquer, o único que se salva é menor de 7, coitado!
Ao meu ver a discórdia destrói qualquer lar, família ou pessoa.
Se hoje os filhos estão assim , eu culpo os pais, tantas brigas e nenhum momento de carinho, afeto e conversa franca pra ensinar o que é certo e o que é errado. Talvez se eles tivessem uma atenção e preocupação maior, seus filhos não estariam nessa situação lamentável.
Espero que seus filhos não cometam o mesmo erro. Que eles amem mais sua família, seus filhos e de menos importância e menos tempo pra brigas para que eles não se sintam culpados pelos erros de seus filhos.

    Aluna: Elaine Caldas Guedes

    Turma: 3005

Preguiça "desabafo"


Esta é uma típica manhã de segunda-feira. Como sempre eu já acordo cansado ou seja com preguiça. Levanto da cama e tenho que responder recados da secretária eletrônica. Depois tenho que arrumar toda a casa, jogar o lixo fora, varrer o quintal, fazer o almoço, isso cansa muito! E depois que acabo isso tudo, não dá tempo nem de descansar, porque tenho de fazer exercícios escolares. Por causa disso eu estou nervoso e muito zangado.
Ainda não acabou.Vai chegando a noite e tenho que ir para a escola para forçar mais ainda a minha mente cansada.Chegando lá, eu fico contando as horas para a aula acabar para eu ir pra casa dormir. Mas não é toda vez que as aulas acabam tarde, isso é dificíl acontecer. Então, quando ela acaba cedo, eu gosto demais. E quando o professor falta e não vai dar aula, então sobra mais tempo para eu descançar.
Isso se repete a semana toda, mas quando chega sábado e domingo é só alegria, porque nesses dias eu não faço nada além de comer, passear e começa tudo de novo. Aqui vai meu grito de guerra. Para todos que trabalham todos os dias e não tem descanço, por exemplo: os lojistas, comerciantes etc. Esses sim são guerreiros.


Autor: Thiago Rangel Roque
Colegio Estadual Sargento Antônio Ernesto
Turma: 3005